Retinoblastoma: saiba mais sobre o tumor ocular mais comum em crianças

O retinoblastoma é o tumor intraocular maligno primário mais comum em crianças, mas é raro e responde por 3% dos cânceres infantis. O retinoblastoma consiste em um tumor que se origina nas células da retina e pode afetar um ou os dois olhos simultaneamente. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o retinoblastoma corresponde a 4% de todas as neoplasias pediátricas, afeta aproximadamente 6000 crianças no mundo por ano e ocorre igualmente em meninos e meninas.

Nos últimos dias, o casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin trouxe a doença à tona, anunciando que a sua filha estava enfrentando o retinoblastoma há algum tempo. Por isso, com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre o assunto, preparamos este material para você.

Abaixo, saiba mais sobre o retinoblastoma, além de seus principais sintomas e tratamentos.

Como o retinoblastoma se desenvolve?

Como visto anteriormente, o retinoblastoma é um tumor originário da retina, a  estrutura ocular em que as imagens são formadas. Trata-se de uma camada fina, delicada e sensível que reveste a parte posterior dos olhos, funcionando como uma câmera fotográfica, ou seja, transformando a luz em estímulo nervoso e enviando ao cérebro, que interpreta a informação para que as imagens façam sentido.

O retinoblastoma se desenvolve quando há uma anormalidade genética no cromossomo número 13. Os cromossomos contêm os códigos genéticos que controlam o crescimento e o desenvolvimento das células.

O gene do retinoblastoma codifica uma proteína vital para regular o crescimento celular. 90% dos casos de retinoblastoma são esporádicos e se desenvolvem “do nada” e sem aviso prévio. Apenas 10% têm um membro da família com retinoblastoma.

Sintomas e diagnóstico do retinoblastoma

Antes de mais nada, é fundamental que os pais, mães e responsáveis pelas crianças entendam que o diagnóstico precoce do retinoblastoma faz total diferença em seu tratamento, correspondendo a quase 100% de chances de cura.

O principal sinal da doença é a leucoria, ou seja, um reflexo branco nos olhos, que pode ser facilmente percebido em fotografias com flash ou direcionando uma luz artificial aos olhos da criança. Além deste, atente-se para sinais e sintomas, como:

  • Dor ocular;
  • Deformação do globo ocular;
  • Redução da visão;
  • Sensibilidade à luz;
  • Problemas na movimentação do olho, como estrabismo.

Importante: todo bebê deve ser submetido ao Teste do Olhinho até 72 horas de vida. Esse teste deve ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida. Na identificação de qualquer anormalidade, o paciente deve ser encaminhado ao oftalmologista que aprofundará a investigação. Para ampliar a proteção da saúde ocular das crianças, recomenda-se ainda que bebês de seis a 12 meses passem por um exame oftalmológico completo.

A maioria dos casos está presente em crianças com menos de 2 anos de idade e menos de 5% de casos diagnosticados refere-se a crianças com mais de 5 anos.

Tratamento para o retinoblastoma

Graças ao avanço da Medicina e das técnicas oftalmológicas, o tratamento do retinoblastoma evoluiu muito nos últimos anos. Entretanto, o diagnóstico precoce da doença continua sendo peça chave para um tratamento de sucesso e plena recuperação da criança. Mas, em todos os casos, tratar o retinoblastoma depende de fatores como:

  • Se é unilateral ou bilateral;
  • Localização e tamanho do tumor primário;
  • Disseminação além do olho;
  • Possibilidade de preservação da visão.

O principal objetivo do tratamento é eliminar o tumor, salvando a vida da criança, além da preservação dos olhos e da visão, e de prevenir a recidiva da doença no futuro.

As opções de tratamento costumam ser:

  • Laserterapia;
  • Radioterapia;
  • Crioterapia;
  • Quimioterapia;
  • Cirurgia de enucleação.

Tratamento para retinoblastoma em Brasília

No HODF, é possível realizar consultas, exames e cirurgias oftalmológicos com a máxima qualidade e segurança. Por isso, o hospital é referência no diagnóstico e tratamento dos distúrbios da visão, como catarata, glaucoma, ceratocone, retinopatias, transplante de córnea, estrabismo e oftalmopediatria. Agende sua consulta.

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